Leishmaniose canina

Leishmaniose canina

Leishmaniose é uma doença de grande importância na clínica de pequenos animais, e também para a população, uma vez que é considerada uma zoonose e vem ocasionando óbitos tanto em animais quanto em seres humanos.

Provocada pelo protozoário Leishmania chagasi , em geral afeta cães sadios, ao contrário do que ocorre em humanos que geralmente quando afetados estão sob alguma condição imunossupressora. É transmitida através da picada do inseto Lutzomyia longipalpis , popularmente conhecido como “mosquito-palha” , que é menor do que os pernilongos comuns e possui coloração amarela, cor de areia, parecida com a palha de milho. Possui hábitos matinais e vespertinos, ou seja , sai para se alimentar de manhã bem cedo e ao entardecer , e costuma se reproduzir em locais com matéria orgânica em decomposição.

Os sintomas comumente observados pelo tutor do cão são emagrecimento , prostração , diminuição do apetite , feridas na pele , aumento exagerado no tamanho das unhas e secreções nos olhos. Vários outros sintomas são sugestivos da doença , porém  apenas detectados mediante avaliação do médico veterinário. Seres Humanos têm como manifestações mais comuns, lesões crônicas de pele, febre, perda de peso e aumento de volume abdominal , variando de acordo com o tipo de Leishmaniose.

A prevenção desta enfermidade é baseada em proteção Imunológica obtida através da vacinação, comumente utilizada pelos médicos veterinários, e o controle do mosquito transmissor através de borrifação intra e peridomiciliar de inseticidas. A utilização de coleiras e produtos tópicos com ações repelentes de insetos é frequentemente indicada sendo possível encontrar excelentes produtos no mercado. Limpeza frequente dos locais com matéria orgânica (canis, galinheiros, viveiros e gaiolas de pássaros , lotes vagos etc.) , diminui ou até elimina os reservatórios ou habitats dos mosquitos. Outras ações como evitar passeios nos horários entre 6:00 e 7:00 hs e 18:00 e 19:00 hs, também pode prevenir o contato do mosquito com cão .

A eutanásia de cães infectados NÃO é considerada como método preventivo da Leishmaniose. Entretanto estes animais devem ser imediatamente avaliados clinica e laboratorialmente, já que embora seja uma enfermidade sem cura parasitológica , pode ser tratada com objetivos voltados à cura clínica e diminuição da carga parasitária, o que irá diminuir ou eliminar o potencial de transmissibilidade da doença em caso de novo contato com o mosquito transmissor. Este contato deve ser obrigatoriamente prevenido com o uso de repelentes , principalmente coleiras inseticidas específicas. O tratamento é permitido por lei , desde que realizado pelo profissional Médico Veterinário.

De fundamental importância que se obtenha informações mais detalhadas de um médico veterinário , para que ações preventivas sejam instituídas. Consultas periódicas podem auxiliar no diagnóstico preciso e precoce , e em caso de surgimento de quaisquer dos sintomas mencionados , o veterinário deve ser procurado para que sejam tomadas medidas adequadas à integridade dos cães e proteção da população humana e canina.

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