Intoxicação por plantas ornamentais em cães e gatos

Intoxicação por plantas ornamentais em cães e gatos

O uso das plantas ornamentais é bastante comum para complementar decoração de casas e apartamentos. Entretanto sua ingestão ou até mesmo o contato com olhos e pele pode fazer mal a cães e gatos, podendo leva-los até mesmo à morte.

É comum que os animais de estimação comam plantas e grama ou se aproximem delas apenas por curiosidade. Devido a esse comportamento,  o conhecimento da toxicidade das plantas ornamentais pode evitar que sejam injuriados por elas. É importante saber quais delas possuem substâncias tóxicas e deixa-las longe do alcance do animal. Em caso de intoxicação ou irritação em pele ou olhos , por plantas ornamentais , o médico veterinário deve ser procurado e informado do tipo de plantas que possui em casa , para que possa identificar a causa e a solução do problema.

 

<p></p>Comigo-ninguém-pode

Devido à beleza de suas folhagens e pela crença popular de que a planta traz proteção ao lar, a Diffenbachia sp é facilmente encontrada nos lares brasileiros e é campeã como causadora de intoxicação em animais. Seus mecanismos de toxicidade são múltiplos e as substâncias encontradas na planta, como o oxalato de cálcio, irritam as mucosas de animais e humanos. A intoxicação pode ocorrer por ingestão de qualquer parte da planta ou por contato com a pele. Os sintomas variam desde edema e irritação da mucosa, até asfixia e morte, sempre causando dor intensa. É conhecida pela beleza de suas folhas e facilidade de cultivo, mas quando em contato com os animais, pode levar à morte facilmente por asfixia. Meia folha é o bastante para matar um humano.

 

<p></p>Copo-de-Leite

Zantedeschia aethiopica possui o mesmo mecanismo de toxicidade que a Comigo-ninguém-pode, com o mesmo princípio ativo – o oxalato de cálcio. A ingestão dessa planta por animais de estimação pode causar irritação das mucosas, dor severa e edema de glote.

 

 

 

<p></p>Antúrio

Todas as partes da planta Anthurium spp possuem oxalato de cálcio, um princípio ativo que oferece riscos à saúde dos animais. Os principais sintomas são queimação de mucosas, inchaço da boca, lábios e garganta, edema de glote, asfixia, náuseas, salivação, vômitos e diarreia.

 

 

 

<p></p>Avenca

A planta Adiantum capillus-veneris, que não é nativa do Brasil, é bastante cultivada como planta medicinal e pela crença popular de espantar o mau-olhado. A ingestão dos brotos da Avenca, no entanto, pode causar câncer nos animais.

 

 

 

 

<p></p>Azaleia

Azalea sp é considerada um símbolo da cidade de São Paulo, sendo encontrada facilmente nos lares como planta ornamental. Seu princípio ativo é a andromedotixina, uma substância que, quando ingerida, pode causar distúrbios digestivos durante até 6 horas após o consumo, além de provocar disfunções cardíacas.

 

 

 

<p></p>Bico-de-papagaio

Euphorbia-pulcherrima possui uma seiva leitosa tóxica, chamada látex irritante, que em contato com a pele dos animais, pode causar lesões cutâneas e conjuntivite. A ingestão dessa planta pode causar náuseas, vômitos e gastroenterite em gatos e cachorros.

 

 

 

 

<p></p>Coroa-de-Cristo

O conhecido arbusto espinhoso, Euphorbia milii, encontrado em jardins e calçadas, possui como substância tóxica o látex irritante, substância que ao entrar em contato com o animal de estimação – seja pela pele, ou ingestão – pode causar reações inflamatórias como inchaço, dor e vermelhidão.

 

 

 

<p></p>Espada-de-são-jorge

Sansevieria trifasciata é uma planta ornamental muito utilizada nos lares brasileiros pela crença popular de que traz prosperidade. No entanto, a Espada-de-são-jorge possui substâncias de alta toxicidade. Entre os males que pode causar aos animais de estimação está a dificuldade de movimentação e de respiração devido à irritação da mucosa e salivação intensa.

 

 

 

<p></p>Espirradeira

Nerium oleander, mesmo que bastante utilizada como ornamento em jardins, contém substâncias tóxicas em todas as partes da planta. Esses princípios ativos podem causar arritmias, vômitos, diarreia, ataxia, dispneia, paralisia, coma e morte em humanos e animais domésticos. Os sintomas de intoxicação pela Espirradeira podem ser observados de 1 a 24 horas após a ingestão.

 

 

 

<p></p>Fumo-bravo

A planta Solanum mauritianum, com altos níveis de toxicidade, tem como principal composto a Solasodina – presente em toda planta, mas mais concentrada nos frutos. A ingestão do Fumo bravo pode causar diarreia, inflamação do duodeno (parte inicial do intestino delgado), elevação das enzimas hepáticas, gastrite, náuseas, sintomas neurológicos e vômitos em cães e gatos que a ingerirem.

 

 

 

<p></p>Lírio e Lírio-da-Paz

Muito encontradas nas casas brasileiras como plantas ornamentais, todas as partes do Lilium sp e do Spathiphyllum wallisii são tóxicas. A ingestão das plantas pode causar irritação oral e de mucosas, irritação ocular, dificuldade de engolir e até problemas respiratórios em casos mais graves. Ainda podem aparecer como sintomas da intoxicação pelo Lírio/Lírio da paz alterações nas funções renal e neurológica.

 

 

<p></p>Maconha

O principio ativo na maconha, ou Cannabis sativa é o tetrahydrocannabinol (THC), que deve agir no sistema nervoso central. Os sintomas são depressão, desorientação, perda da coordenação muscular e coma. Normalmente se desenvolvem entre 1 e 3 horas após a ingestão. A inalação da fumaça da queima da maconha pode ainda dilatar a pupila dos cães e gatos, causando fotofobia , e dependendo do tempo de exposição pode levar ao óbito.

 

 

<p></p>Mamona

O princípio ativo tóxico do Ricinus communis é a ricina, que está presente nas sementes da planta. Os sintomas da ingestão da mamona acontecem no sistema nervoso e podem ser observados aproximadamente após 24 horas da ingestão. O animal pode apresentar vômitos, diarreia, produção excessiva de saliva, sensibilidade abdominal, cólicas, sangue nas fezes, hipertermia e desidratação. A intoxicação em animais ocorre frequentemente por ingestão de óleo de rícino, torta de mamona, ou resíduos da planta usados como adubo.

 

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Tomate verde

A substância tóxica do Solanum lycopersicum é chamada tomatina e é encontrada em altas concentrações nas folhas e frutos verdes – mas se transforma em substância inerte nos frutos maduros. A ingestão do tomate verde pode causar arritmias cardíacas, dificuldade de respirar, salivação abundante, diarreia e vômitos.

 

 

 

 

<p></p>Violeta

O caule e as sementes da Viola odorata são altamente tóxicos. A ingestão dessa comum planta de ornamentação pode causar, na ingestão de altas doses, severas gastrites, depressão circulatória e respiratória, além de vômitos e diarreias. Os princípios ativos tóxicos são violinha, acido tânico e salicílico.

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